segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Mudança nas organizações

A importância da mudança nas organizações


As considerações do post desta semana são “baseadas em fatos reais” e uma certa inquietação com a postura de algumas pessoas. Nesta experiência de pouco mais de nove meses na Fundação Ezequiel Dias (até o momento), há evidências claras de que muitas coisas têm sido feitas e bons resultados vêm sendo alcançados. Tudo isso, graças ao trabalho e empenho das pessoas, mas, também, por um componente fundamental: a capacidade de mudança.

Não vou mentir para vocês afirmando que a Funed é uma organização absolutamente preparada e suscetível a mudanças. Ainda há uma forte cultura entrincheirada que leva muitas pessoas a repetirem essa frase: “sempre foi assim”. Não sei por que as pessoas não desenvolvem a vontade de buscar o novo, de fazer diferente. Quando ouço esta frase, minha vontade sincera é devolver na mesma moeda: “E vem dando certo?”.


Deixei claro desde o início, desde o conjunto de apresentações que fiz por Diretoria, logo na minha segunda semana de Funed, que minha intenção não era ficar falando do trabalho de antigos presidentes. Não tenho esta cultura de olhar pra trás. Não faz parte do meu perfil.


Tenho tentado fazer isso, embora muitas vezes seja quase impossível, afinal, quando iniciamos um trabalho em uma instituição pública (ou em qualquer instituição), não fazemos isso “do zero”. Foi assim, por exemplo, com os medicamentos produzidos que poderiam ser perdidos, mas que conseguimos doar. Cerca de 4,5 milhões de medicamentos que chegaram em boa hora para os municípios mineiros.

Tem sido assim com as transferências de tecnologia. Fomos questionados pelo Ministério da Saúde, pois não estávamos dando sequer as respostas aos relatórios solicitados. Hoje podemos comemorar que a transferência da vacina, por exemplo, vem avançando (ainda que persistam dificuldades). Prova concreta disso é a auditoria feita recentemente pela Novartis, cujo resultado demonstra o nítido progresso.

Também por cumprir as agendas (prazos e compromissos) com o Ministério da Saúde na entrega dos produtos, podemos falar em recorde de receita. Basta que o Ministério efetue os pagamentos das últimas cargas entregues (o que vai acontecer em novembro) e este recorde será concretizado.

O reconhecimento de agentes externos e parceiros também demonstra este avanço. Mais de uma vez ouvi expressões como: “a Funed está de volta ao jogo”. O Prêmio Mineiro da Qualidade comprova isso. Bem como outros reconhecimentos que estamos recebendo. Assim, com fatos e dados mostramos resultados de um trabalho. 

Agora, vem o ponto fundamental: sabem, em minha opinião, por que conquistamos isso? De novo: pela capacidade e disposição de mudar. De tentar fazer diferente. De tentar fazer algo novo. De buscar parcerias. Inclusive, novos parceiros. Perguntem a BIOMINAS, a AMBIOTEC, a SECTES, dentre outros, se não estamos agindo diferente? Também pela disposição de quebrar as barreiras e as divisões internas. Pensar em uma Funed com um só CNPJ. Pensar em construir relações de “ganha-ganha”.


Apesar de todos estes avanços, infelizmente, algumas pessoas ainda são refratárias às mudanças. Pessoas com um imenso potencial, com uma grande possibilidade de contribuição para a Funed, mas que muitas vezes deixam o “eu” prevalecer ao “nós”. Pessoas que não enxergam que a Funed é maior, é uma instituição secular, que existia antes da nossa chegada e continuará existindo depois da nossa partida.


Claro, se nós deixarmos (e colaborarmos) poderá existir de uma forma muito mais grandiosa. Basta desapegarmos do “eu” e pensarmos no “nós”, na instituição. Basta entendermos que a mudança é o caminho para algo ainda melhor.

Falo isso, inclusive, pelo bem das pessoas. Quanto mais estivermos sujeitos aos processos de comunicação atuais, quanto mais entranharmos na chamada “era da colaboração” e em modelos cooperativos, mais relativas serão as verdades, mais suscetível à mudança estará o mundo. Afinal, a mudança surge da quebra de paradigmas existentes. E quando juntamos a forma de ver o mundo de várias pessoas, temos um mundo novo, um mundo provavelmente mais assertivo em sua construção. Viver é um exercício constante de quebra de paradigmas. Viver melhor é saber adaptar as mudanças, jogar o jogo.


Assim, este post é mais uma reflexão compartilhada. Esteja disposto a participar. Não resista às mudanças. Jogue o jogo. Tenha seus gostos, preferências, seus conceitos, mas esteja aberto e se proponha a construir junto. Não é este presidente que está trazendo esse modus operandi para a Funed. É o mundo que está assim hoje. Ainda que você não mude de alguma forma, o mundo está mudando e essa mudança não para. E se você entender isso, pode ter certeza, terá uma vida ainda melhor e mais produtiva.


E você? O que acha da mudança? Como a encara? Está preparado para mudar? Quando vê a mudança, busca enxergar oportunidades para criar algo melhor? Como acha que podemos canalizar as mudanças para fazer uma Funed melhor?



Um comentário:

  1. Penso ser difícil uma instituição continuar a existir, se ela não “cultivar” a cultura da mudança.
    Lembro de aproximadamente um ano atrás, ver colegas praticamente abandonando o barco, porque haviam perdido a esperança que pudessem ocorrer as mudanças que a casa precisava.
    No entanto, essas mudanças vieram e fazendo uma analogia a um trem de ferro, hoje o “trem” foi recolocado nos trilhos. E com o combustível que esse “trem” foi alimentado, a esperança é que não pare tão cedo!
    Por mais que ainda existam pensamentos pessimistas ou pessoas com visão de curto alcance, penso que elas podem ser contagiadas com o espírito da inovação e da quebra de paradigmas.
    É preciso inovar toda vez que houver oportunidade, e não ficar preso ao que foi pré-estabelecido em algum momento do passado ou porque alguém escreveu que tinha que ser daquela forma.
    Sobre como canalizar as mudanças para fazer uma FUNED melhor, temos que buscar incessantemente por pesquisas e informações. Tem muita coisa boa também acontecendo lá fora que precisamos trazer pra cá. Como foi feito recentemente em relação ao projeto dos Fitoterápicos, uma medida formidável, que com toda certeza, foi cercada de muita pesquisa e estudos.

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