sábado, 24 de maio de 2014

Além dos muros...

Além dos muros da Gameleira...

O post de hoje começa com uma história um pouco diferente...
Era uma vez um jovem chamado Ezequiel Caetano Dias que ingressou no Instituto Manguinhos ainda bastante jovem. Médico, em função de problemas de saúde, veio para Belo Horizonte e liderou um grupo de pessoas que se sentiam sufocadas na sociedade escravista e rural brasileira entre o final do Século XIX e o início do século XX.

Ao implantar a, inicialmente, filial de Manguinhos (Fiocruz) e, hoje, nossa centenária Fundação Ezequiel Dias, estes construtores da modernidade ousaram sonhar muito além do que as tradições e arraigadas culturas permitiam. Como resultado, temos esta bela instituição que carrega consigo anos de bons serviços prestados ao povo mineiro, fortalecendo a ciência e a saúde pública...

Um século depois, foi publicada a Lei de Inovação Tecnológica Nº 10.973, aprovada em 2 de dezembro de 2004. Regulamentada em 11 de outubro de 2005 pelo Decreto Nº 5.563, esta Lei está organizada em torno de três eixos: a constituição de ambiente propício a parcerias estratégicas entre universidades, institutos tecnológicos e empresas; o estímulo à participação de institutos de ciência e tecnologia no processo de inovação; e o estímulo à inovação na empresa.

A Lei Mineira de Inovação foi sancionada em janeiro de 2008. Em linhas gerais, a versão mineira da lei reafirma para as Instituições de Ciência e Tecnologia de Minas Gerais o que a Lei Federal já diz. Tanto a Lei Federal, quanto a Lei Estadual, constituem medidas para incentivar a inovação e a pesquisa tecnológica e científica, e ambas abrangem quase os mesmos conceitos, sendo que na Lei Mineira as Empresas de Base Tecnológica (EBT), os parques tecnológicos, as incubadoras, a pesquisa pré-competitiva, os instrumentos jurídicos, a contrapartida e o sistema de inovação também são conceituados.

E o que isso tem a ver conosco?

Temos o papel de ser os atuais construtores da modernidade. Precisamos ousar, pensar além das tradições, romper paradigmas, explorar as possibilidades legais, inovar...É nosso papel saber reverter todo o conhecimento produzido nesta importante instituição pública para a principal razão de existir do serviço público: os cidadãos. Para isso, precisamos buscar parcerias, identificar no âmbito público e privado atores capazes de fazer com que as pesquisas se tornem produtos.

Temos que ter um papel de protagonistas no desenvolvimento de um ambiente saudável e propício ao fortalecimento da biotecnologia e das ciências da vida no espaço Mineiro, levando o que aqui for desenvolvido e produzido para os municípios Mineiros, para o país e para o mundo. 


Não vale pensar pequeno, nem aceitar os limites formais, sem ao menos discutir, problematizar, investigar, pesquisar, propor, construir...

Estes 107 anos de história da Fundação Ezequiel Dias, não são história em preto e branco, mas sim retratos de uma instituição de vanguarda, que ajuda Minas Gerais a crescer e desenvolver cada vez mais. Nosso orgulho de pertencer a uma instituição como esta, deve pautar nossas ações.




2 comentários:

  1. Contribuo com esse tema, ao citar uma passagem do livro “A República”, que denominam "O Mito da Caverna", que é um dos maiores legados do filósofo grego Platão.
    Fala de um prisioneiro, que passou muito tempo tendo como referência de ” mundo”, as sombras e sons que via e percebia pelas fendas da caverna.
    Certa vez, ele foi libertado e ao ter contato com as experiências externas, adquiriu conhecimento que nunca imaginou existir.
    Deslumbrado, retornou ao local onde estava preso para falar dos experimentos que presenciou, mas seus antigos companheiros de cela, não entenderam nada e ainda o ridicularizaram como louco.
    A FUNED é extremamente rica em oportunidades, praticamente todas as suas repartições são verdadeiros laboratórios de “conhecimento”. Imagino quantas monografias, estudos de caso, artigos, enfim, a infinidade de estudos que já foram realizados ou ainda serão feitos por aqui.
    Inclusive, este ano, pretendo desenvolver meu TCC de Contabilidade, sobre um problema muito comum aos órgãos públicos, as Compras Governamentais. Espero através desse trabalho, ajudar de algum modo, com os processos dessa instituição. Da qual, tenho muito orgulho de fazer parte e que de certa forma, contribuiu para quebra de muitos paradigmas que carreguei durante minha vida.
    Sobre a lei da Inovação de Minas Gerais, considero que a FUNED pode desempenhar importante papel, mas para isso, devemos explorar esse vasto campo das oportunidades, incentivar o desenvolvimento das parcerias com os agentes privados e participar das discussões em toda a esfera pública.

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  2. Parabens Chico, brilhante colocacao. Concordo com suas palavras e acho que a Lei de Inovacao veio para oportunizar a insercao dos resultados de Pesquisa e Desenvolvimento no mercado da saude. Quer seja na producao de um bioproduto, ou na aplicacao de solucoes biotecnologicas para a Saude. Interagindo assim, com o setor privado, transferindo nossas patentes ou abrindo novas parcerias para o desenvolvimento produtivo.
    Afinal somos um Instituição Científica e Tecnológica - ICT: e temos como uma de nossas missao Institucional, executar atividades de pesquisa básica ou aplicada de carater cientifico ou tecnologico.

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