Além dos muros da Gameleira...
O post de hoje começa com uma história um pouco diferente...
Era uma vez um jovem chamado
Ezequiel Caetano Dias que ingressou no Instituto Manguinhos ainda bastante
jovem. Médico, em função de problemas de saúde, veio para Belo Horizonte e
liderou um grupo de pessoas que se sentiam sufocadas na sociedade escravista e
rural brasileira entre o final do Século XIX e o início do século XX.
Ao implantar a, inicialmente,
filial de Manguinhos (Fiocruz) e, hoje, nossa centenária Fundação Ezequiel
Dias, estes construtores da modernidade
ousaram sonhar muito além do que as tradições e arraigadas culturas permitiam.
Como resultado, temos esta bela instituição que carrega consigo anos de bons
serviços prestados ao povo mineiro, fortalecendo a ciência e a saúde pública...
Um século depois, foi publicada a Lei de Inovação Tecnológica Nº 10.973, aprovada em 2 de
dezembro de 2004. Regulamentada em 11 de outubro de
2005 pelo Decreto Nº 5.563, esta Lei está organizada em torno de três
eixos: a constituição de ambiente propício a parcerias estratégicas entre
universidades, institutos tecnológicos e empresas; o estímulo à participação de
institutos de ciência e tecnologia no processo de inovação; e o estímulo à
inovação na empresa.
A Lei Mineira de Inovação foi
sancionada em janeiro de 2008. Em linhas gerais, a versão mineira da lei
reafirma para as Instituições de Ciência e Tecnologia de Minas Gerais o que a
Lei Federal já diz. Tanto a Lei Federal, quanto a Lei Estadual, constituem
medidas para incentivar a inovação e a pesquisa tecnológica e científica, e
ambas abrangem quase os mesmos conceitos, sendo que na Lei Mineira as Empresas
de Base Tecnológica (EBT), os parques tecnológicos, as incubadoras, a pesquisa
pré-competitiva, os instrumentos jurídicos, a contrapartida e o sistema de
inovação também são conceituados.
E o que isso tem a ver conosco?
Temos o papel de ser os atuais
construtores da modernidade. Precisamos ousar, pensar além das tradições,
romper paradigmas, explorar as possibilidades legais, inovar...É nosso papel saber reverter todo
o conhecimento produzido nesta importante instituição pública para a principal
razão de existir do serviço público: os cidadãos. Para isso, precisamos buscar
parcerias, identificar no âmbito público e privado atores capazes de fazer com
que as pesquisas se tornem produtos.
Temos que ter um papel de
protagonistas no desenvolvimento de um ambiente saudável e propício ao
fortalecimento da biotecnologia e das ciências da vida no espaço Mineiro,
levando o que aqui for desenvolvido e produzido para os municípios Mineiros,
para o país e para o mundo.
Não vale pensar pequeno, nem
aceitar os limites formais, sem ao menos discutir, problematizar, investigar,
pesquisar, propor, construir...
Estes 107 anos de história da
Fundação Ezequiel Dias, não são história em preto e branco, mas sim retratos de
uma instituição de vanguarda, que ajuda Minas Gerais a crescer e desenvolver
cada vez mais. Nosso orgulho de pertencer a uma instituição como esta, deve
pautar nossas ações.
Contribuo com esse tema, ao citar uma passagem do livro “A República”, que denominam "O Mito da Caverna", que é um dos maiores legados do filósofo grego Platão.
ResponderExcluirFala de um prisioneiro, que passou muito tempo tendo como referência de ” mundo”, as sombras e sons que via e percebia pelas fendas da caverna.
Certa vez, ele foi libertado e ao ter contato com as experiências externas, adquiriu conhecimento que nunca imaginou existir.
Deslumbrado, retornou ao local onde estava preso para falar dos experimentos que presenciou, mas seus antigos companheiros de cela, não entenderam nada e ainda o ridicularizaram como louco.
A FUNED é extremamente rica em oportunidades, praticamente todas as suas repartições são verdadeiros laboratórios de “conhecimento”. Imagino quantas monografias, estudos de caso, artigos, enfim, a infinidade de estudos que já foram realizados ou ainda serão feitos por aqui.
Inclusive, este ano, pretendo desenvolver meu TCC de Contabilidade, sobre um problema muito comum aos órgãos públicos, as Compras Governamentais. Espero através desse trabalho, ajudar de algum modo, com os processos dessa instituição. Da qual, tenho muito orgulho de fazer parte e que de certa forma, contribuiu para quebra de muitos paradigmas que carreguei durante minha vida.
Sobre a lei da Inovação de Minas Gerais, considero que a FUNED pode desempenhar importante papel, mas para isso, devemos explorar esse vasto campo das oportunidades, incentivar o desenvolvimento das parcerias com os agentes privados e participar das discussões em toda a esfera pública.
Parabens Chico, brilhante colocacao. Concordo com suas palavras e acho que a Lei de Inovacao veio para oportunizar a insercao dos resultados de Pesquisa e Desenvolvimento no mercado da saude. Quer seja na producao de um bioproduto, ou na aplicacao de solucoes biotecnologicas para a Saude. Interagindo assim, com o setor privado, transferindo nossas patentes ou abrindo novas parcerias para o desenvolvimento produtivo.
ResponderExcluirAfinal somos um Instituição Científica e Tecnológica - ICT: e temos como uma de nossas missao Institucional, executar atividades de pesquisa básica ou aplicada de carater cientifico ou tecnologico.